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07/09/2024
 

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Semana de reviravoltas na política nacional

Mudanças no cenário político podem afetar a corrida à Prefeitura de Canoas

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Manifestante pede a saída de Dilma Rousseff (PT) na Praça do Avião. Foto: Bruno Lara/OT.

Manifestante pede a saída de Dilma Rousseff (PT) na Praça do Avião. Foto: Bruno Lara/OT.

 

 

Por Émerson Vasconcelos e Bruno Lara

 

As reviravoltas no cenário político, ocorridas na última semana, mexeram com a composição da base partidária do Governo Federal. Tanto PTB quanto PRB abandonaram seu alinhamento com o Palácio do Planalto e agora podem ser considerados de oposição. O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, não deixou o governo, mas já demonstra claras evidências de que está desconfortável na sua posição.
Com a decomposição da base federal, ocorrem também mudanças no cenário político de Canoas. Com a nova posição nacional do PTB, fica reforçada a candidatura oposicionista do deputado federal Luis Carlos Busato à Prefeitura. O PMDB, embora esteja com situação indefinida no Planalto, já se firma como integrante da oposição canoense, alinhado ao grupo de Busato.
A situação mais delicada na corrida pela Prefeitura, no entanto, é a da pré-candidata Beth Colombo (PRB), atual vice-prefeita. Ela se desfiliou do PP e ingressou no atual partido para poder ser apoiada pelo prefeito Jairo Jorge (PT) e ter, também, um vice petista. Com o racha entre as duas legendas o cenário se mostra nebuloso.

 

Personagem decisivo

Em dez anos o jogo político virou totalmente no cenário nacional. O mesmo Delcídio do Amaral, que em 2006 foi exaltado por ser um petista neutro, que atuou à frente da CPI dos Correios, que deflagrou a investigação sobre o Mensalão tratando friamente os próprios colegas de partido. No entanto, o mesmo Delcídio do Amaral, agora, em 2016, encontra-se em situação bem menos nobre.
Pego recentemente por tentar obstruir as investigações da Operação Lava-Jato, Delcídio se tornou o primeiro senador a ficar preso por um período durante seu mandato. Mais do que isso, o parlamentar fez um acordo de delação premiada e se tornou um verdadeiro homem-bomba, entregando à Polícia Federal (PF) informações que implicam a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula (PT) no esquema de corrupção da Petrobras. A delação vazou através da revista IstoÉ, sendo depois oficializa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.

 

Apartamento e sítio

Paralelamente, descobriu-se que Lula e sua família poderiam possuir uma série de imóveis não declarados, adquiridos através de construtoras citadas na Operação Lava-Jato. Um apartamento triplex e um sítio foram apontados como sendo do ex-presidente, que vem negando a informação desde então. Mesmo assim, existem provas de que ele e seus familiares frequentaram os locais dezenas de vezes nos últimos anos. O tríplex foi reformado sob a supervisão da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, e está em nome da construtora Odebrecht.

 

Pedido de prisão

Foi no meio deste fogo cruzado, de petista entregando petista em delação premiada, que o Ministério Público (MP) de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente. A justiça de São Paulo, por sua vez, considerou que seria o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, o mais indicado para julgar o pedido. Moro é conhecido por ser uma espécie de carrasco dos investigados na Lava-Jato, condenando em primeira instância e decidindo pela prisão preventiva de vários dos envolvidos. Entre eles, Marcelo Odebrecht, José Dirceu, João Vaccari Neto e João Santana.

 

Cartada de Moro

O magistrado divulgou um grampo telefônico, do celular de um assessor de Lula, no qual o ele e Dilma falavam sobre a nomeação para a Casa Civil. Não só a presidente deu indícios, na sua fala, de que a nomeação seria para livrar o antecessor do julgamento de Moro (foto), como, na mesma gravação, Lula proferiu xingamentos a Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, presidente do Senado Federal, ambos do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que ele deveria reaproximar do governo na sua nova função. Ainda nos mesmos áudios, o ex-presidente chamou o STF – aquele que será responsável por julgá-lo – de covarde.

 

Lula toma posse

Em outra reviravolta, passou a circular o boato de que a presidente Dilma nomearia o ex-presidente Lula como ministro, para que ele ganhasse foro privilegiado e só pudesse ser julgado pelo STF. No último dia 16, a chefe do Executivo confirmou a escalação do seu antecessor como Ministro-Chefe da Casa Civil. No mesmo dia, Moro apresentaria sua última cartada.

 

Posse de Lula é anulada

Lula tomou posse como ministro na manhã da quinta-feira, 17, mas poucas horas depois, juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, suspendeu, por meio de uma decisão liminar, a nomeação. No entender do magistrado, a decisão de Dilma teria visado a obstrução do trabalho da Justiça.

 

Comissão do impeachment

 

Veja como fica o cenário municipal após as mudanças no federal

 

PRB sai do governo federal e pode afetar campanha de Beth Colombo no município

 

 

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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