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21/11/2024
 

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Opinião: Panorama político atual: A tática “Busato não vem”

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bruno13012016

Por Bruno Lara

As eleições de 2016 já estão a todo o vapor. Os lados opostos, cada vez mais, parecem se separar e a distância só aumenta. O PMDB mostra apoio incondicional a Busato em todos os atos, embora o vereador Patteta (PMDB) pense seriamente em mudar de sigla para continuar com Jairo – ou Beth Colombo. O PRB, do outro lado, que até poucos meses possuía apenas um vereador que conseguiu uma cadeira na Câmara graças a uma coligação muito bem feita com o bloco do governo, foi agraciado com a candidata ao Executivo para dar seguimento ao governo petista, caso confirmado pelo presidente municipal do PT, Emílio Neto. Os partidos não diretamente envolvidos com os candidatos majoritários parecem hoje os que mais trabalham e, com isso, os que mais ganham espaço.

Nesta quarta-feira, 13, houve a primeira reunião de trabalho do grupo PMDB-PTB. As tarefas foram distribuídas para que o serviço flua de maneira mais rápida. O grupo tem pesquisas internas não divulgadas que apontam um cenário favorável. Beth apareceria, segundo alguns, em terceiro lugar, perdendo para o deputado Nelsinho Metalúrgico (PT) e para Busato (PTB). Os escritórios políticos do deputado estadual, inclusive, que ficavam abertos quando o mesmo era apontado como pré-candidato, estão agora com as portas fechadas na cidade. Crítico do governo José Ivo Sartori, é de conhecimento público que Nelsinho quer, sim, ser candidato à Prefeitura. O partido acha cedo e prefere ir com Mário Cardoso como vice de Beth neste pleito. A tática do governo contra a movimentação de Busato, na busca por partidos apoiadores, é espalhar o boato de que o deputado federal não é candidato. O PDT resolveu, enfim, apoiar Beth Colombo para a revolta do recém viúvo PMDB.

 

Uma conversa com Busato

Conversei na tarde desta quarta-feira com o deputado federal Luiz Carlos Busato. Ele, em tom enérgico, garantiu: “Eu sou pré-candidato”. Segundo ele, a campanha oficial começa em julho e o trabalho agora é de buscar alianças e construir um programa de governo. “Vamos tentar melhorar em alguns aspectos. Temos que ter mais ações do que mídia”, garante criticando suavemente a atitude do governo Jairo Jorge no gasto com publicidade, publicado por O Timoneiro como sendo a quantia de R$ 16 milhões em 2015. Ao que tudo indica, sua plataforma na busca pelo Paço municipal se dará com prioridade na segurança pública. Mas afirmou que solicitará um pedido sobre a prestação de contas do município nas próximas semanas. Busato sabe que o rombo nas contas públicas não é pequeno.

Na manhã desta quarta, inclusive, o deputado admitiu que houve uma reunião entre os aliados “com umas 30 pessoas no núcleo de coordenação da campanha”. Nos próximos dias se tem por certo que o PTB, tendo como nome principal Busato, deve estar instalando na cidade seus comitês – ou, como preferem, suas sedes – para montar o programa de governo que será defendido pela chapa majoritária nos debates. O partido é representado no município pelos vereadores Dr. Pompeu (4.695 votos em 2012) e Betinho do Cartório (2.828 votos em 2012).

O que se tem por certo, ao menos para Busato, é que ele estará na disputa com ou sem apoio. Para o PMDB, ou será com Busato ou será com chapa própria, mas com Beth “nem pensar”, garantem fontes ligadas a diretoria da sigla. A candidatura do PTBista surgiu por uma atitude precipitada de Jairo. O prefeito tinha dois candidatos ao Executivo e escolheu um, hoje ditos opostos. O outro tomou as dores, foi ainda mais instigado a isso quando perdeu os cargos no governo e agora, mesmo sem criticar a atual gestão, não quer a continuação dela por Beth. “Não é a mesma pessoa”, compara Busato.

 

Paim é um reforço

Outra conversa que tive nesta semana foi com o presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Emílio Millan Neto. Vereador no seu quinto mandato, Emílio ostenta prestígio por onde passa, sempre com o sorriso estampado no rosto. Era tido, inclusive, como candidato natural à prefeitura até o ano passado. Para ele, a decisão do senador Paulo Paim, na segunda-feira, 11, de ficar na sigla, fortaleceu a candidatura no município. “Um senador gaúcho, canoense, cainhando com ela. Ele é um admirador da Beth Colombo”, admitiu.

Também segundo ele, Paim foi o responsável por trazer à tona a necessidade de uma profunda reflexão dentro da sigla. “Temos constantemente que nos questionar se a nossa caminhada está no rumo certo. E o senador Paim é uma das pessoas que nos ajuda a fazer isso”, lembrou. O prefeito Jairo Jorge também chegou a cogitar a saída do PT, mas, ao que tudo indica, deve permanecer no mesmo ao menos até o fim da campanha de 2016, onde pretende conduzir sua atual vice como sua sucessora. Há boatos, no entanto, que o interesse de Jairo é manter o controle da secretaria de comunicação do município e que, em troca do apoio, o PDT também sairá como o recordista em pastas.

 

Martini e Feijó

O casamento perfeito da direita parece finalmente estar acontecendo. O advogado Felipe Martini assumiu hoje a presidência do PSDB municipal e deve ser o nome estampado nas placas dos tucanos na eleição. Seu vice, tudo indica, deve ser Roberto Feijó, do Democratas. A situação ocorre por ambos serem nomes fortes dos considerados mais conservadores, sobretudo empresários e pessoas com maior grau de instrução, além de grupos nas redes sociais como o Fala Canoas.

Embora seja crítico de todos os partidos, também do PSDB, Feijó teve reunião no início de dezembro com o deputado estadual Marcel Van Hattem, do Partido Progressista, mas que está com um pé e meio no PSDB, muito por influência de militantes canoenses. “Sejam bem-vindos os dissidentes do PP e do PSDB, filiados nesta manhã ao Democratas Canoas e que agora integram o ‪#‎Democratas25”, publicou a sigla em sua página no Facebook. Feijó e Martini tem tudo para uma parceria, até o mesmo público alvo.

A disputa em 2016 será entre os grandes. Nenhum é peixe pequeno. Tanto Beth Colombo, quanto Busato e Martini são nomes de peso e todos com muito dinheiro. Ao que tudo indica, o diferencial neste pleito virá das coligações dos partidos menores. A disputa dos bastidores agora é pelo apoio daquelas siglas sem muita representatividade. As novas regras também podem fazer a diferença, mas isso é assunto para julho. A única certeza é que a campanha para prefeito de Canoas já começou para todos os partidos.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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