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22/11/2024
 

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Após ano sem Carnaval, Rosa Dourada já divulgou Samba Enredo e Canoas deve ter evento em 2016

Representante do bairro Vila Cerne falará sobre Olorum, a criação do mundo e a força dos Orixás

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Neste ano, a campeã do carnaval canoense em 2013, Rosa Dourada, falará sobre Olorum, a criação do mundo e a força dos orixás em um samba de autoria do vereador e integrante antigo da escola, Sidiclei Mancy. A canção foi divulgada em texto e vídeo pelo próprio autor via Facebook na noite da terça-feira, 5.

A letra fala sobre Olorum, grande figura das religiões de matriz africana. “Foi um desejo de alguns componentes da diretoria que são de religiões de matriz africana. Um tema que falasse um pouco dos orixás, em especial, Oxalá”, explica Mancy. Mesmo com o samba enredo em mãos, o carnaval de Canoas ainda não está oficialmente confirmado. No entanto, fontes garantem que o mesmo ocorrerá no Parque Eduardo Gomes nos dias 19 e 20 de fevereiro.

O samba busca explicar um pouco da cultura destas religiões. “Olorum o Deus, o criador, que beleza a natureza que meu pai criou e confiou a cada orixá um elemento para se manifestar, abre as portas e os caminhos óh Bara, com sua licença a minha Rosa vai passar”, pede a campeã de 2013, que representa a Vila Cerne, e que não concorreu em 2014, pois a festa foi cancelada.

O criador do tema e compositor do samba, acredita que a medida de dois anos sem o carnaval foi necessária. “Acredito que no ano passado, a gente acompanhou a crise. As escolas se prepararam ainda mais para disputar esse ano. A importância de voltar para o Parcão é uma estrutura que os carnavalescos melhoraram”, lembra.

Sidiclei acredita que a festividade serve também para mostrar como funcionam as outras culturas. “Os orixás são as forças da natureza. O Olorum as concedeu. A partir daí, uma saudação aos orixás, uma exaltação e uma coroação ao oxirá Oxalá, que é o mais velhos dos orixás, que foi o primeiro. A comando de Olorum, foi o responsável para ficar comandando os outros orixás”, explica.

Uma reunião do secretário-adjunto de cultura de Canoas, Eduardo Paim, estava marcada com o prefeito Jairo Jorge na quinta-feira, 7, para definir oficialmente as datas e o formato do carnaval em 2016. A reunião, no entanto, não ocorreu o secretário preferiu não se manifestar antes que o assunto seja definido anteriormente com o prefeito.

25 mil em 2013

O último desfile em passarela do município ocorreu em 2013, no Parque Eduardo Gomes. Somente na primeira noite de desfiles, seis escolas e dois blocos passaram pela avenida levando ao Parque, segundo informações das equipes de segurança, 11 mil pessoas. A festa também contou com uma polêmica sobre os investimentos. Conforme apurou O Timoneiro durante a semana das festividades, contratações foram feitas sem a disputa por licitações para a infraestrutura e os gastos não foram divulgados. Na oportunidade, a Prefeitura informou que a empresa que fez tais instalações foi a Impacto. Ao final do evento, a Prefeitura calculou que 25 mil foliões passaram pelo Eduardo Gomes.

Carnaval fora de época

Em 2014 o prefeito Jairo Jorge anunciou que a festividade seria “fora de época”. O mesmo ocorreu nos dias 14 e 15 de março, segundo a Prefeitura, atendendo a solicitação das escolas de samba. No ano em questão, o representante da Liga de Presidentes das Escolas de Samba de Canoas era Márcio Rogério, que agradeceu o apoio da Prefeitura a um grupo de 40 de integrantes de escolas de Canoas que viajou ao Rio de Janeiro. Em apoio, o vereador Paulinho de Odé falou em 2014 da importância desta manifestação de expressão popular. “O Carnaval une o ancestral e o presente, divertindo diferentes gerações”, disse.

Um ano sem a festa

Em 2015 não houve Carnaval na avenida. A desculpa da Prefeitura de Canoas foi que as Muambas são “uma característica do carnaval de Canoas”. Nos bairros Niterói, Rio Branco, Harmonia e Guajuviras, houve os desfiles na ruas. Para o órgão, os desfiles descentralizados foram responsáveis por uma economia de R$ 1 milhão ao Município. Segundo o prefeito, o novo formato do Carnaval, com redução de custos, foi importante em razão das dificuldades apontadas pelos governos Estadual e Federal, e que se refletem na economia das cidades. ” Temos que economizar e nos preparar para as demandas de 2015″, declarou.

Para o então presidente do Conselho dos Presidentes das Escolas de Samba de Canoas, Márcio Rodrigues, o prefeito acertou. “Acredito que a descentralização do Carnaval contemplará mais a nossa comunidade, pois muitas vezes a população de bairros e vilas não têm condições de ir até o Parque Eduardo Gomes assistir ao desfile”, afirmou no ano passado.

Custos

Em 2010, por exemplo, o município de Canoas firmou contrato com a Liga de Presidentes das Escolas de Samba de Canoas, responsável por organizar as festividades. O custo foi de R$ 95.560,10 para os cofres públicos. “O carnaval é uma das mais importantes manifestações artísticas de Canoas, de maneira que o desfile anual das escolas de samba das diversas comunidades do município se constitui como o momento máximo de sua expressão”, declarava Jairo Jorge na justificativa do projeto enviado a Câmara, que tinha como presidente, na oportunidade, o vereador Cézar Mossini. Nos demais anos, não foram informados os gastos.

A reportagem procurou a Liga dos Presidentes das Escolas de Samba de Canoas, mas não encontrou nenhum contato.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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