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17/09/2025
 

Comunidade

Canoas é ou não a Cidade do Xis?

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Foto: Marcelo Grisa-especial/OT

Foto: Marcelo Grisa-especial/OT

Tramita atualmente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores canoense o Projeto de Lei Municipal 15/2015, que institui Canoas como a Capital do Xis, propondo a adoção do sanduíche como parte do calendário cultural e gastronômico da cidade, além de apontar o dia 28 de maio como o Dia do Xis.
Mais que uma letra por extenso, o xis é provavelmente o lanche mais típico da cultura gaúcha. Como comida, talvez perca somente para iguarias como o chimarrão e o churrasco em popularidade dentro e fora do Estado. Canoas agora pode ser a Cidade do Xis?
Segundo Luciano Gradaschi, de 58 anos, proprietário do Taberna do Gato, tradicional ponto de venda no Centro, é possível dizer que já houve sim um protagonismo maior do xis na cena gastronômica da cidade. “A ideia é boa. Tudo o que for para atrair mais pessoas de dentro e fora da cidade para o xis ajuda sempre. Só não sei se hoje cabe tanto, agora que tem bastante restaurante e pizzaria por aí”, relatou.
Para Margarete Moreira Lisboa, também de 58 anos, e dona do Xis Gostosão, no bairro Harmonia, o título de Cidade do Xis também é um sinal de que todos terão que fazer a sua parte. “Todos mundo precisa se puxar. Claro que isso dentro das condições de cada um. Mas a comida de um vai falar pela comida dos outros sim”, afirmou.

Dados apontam prevalência
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, existem cerca de 450 estabelecimentos cadastrados. Dado o universo de 320 mil habitantes de Canoas (dados do IBGE de 2010), estamos falando de um estabelecimento que serve xis para cada 700 moradores canoenses. Enquanto isso, churrascarias, restaurantes de buffet, japoneses e italianos somam, todos, aproximadamente 200 locais registrados regularmente.
O que ocorreu nas últimas duas décadas pode ser uma soma de fatores. Um deles é o esvaziamento dos estabelecimentos próximos ao Centro como os principais fornecedores de xis da cidade. esse movimento teria, então, migrado para outros bairros e segmentado-se em estabelecimentos com menos movimento, ao contrário do que ocorria na década de 1990, por exemplo.
O segundo fator determinante para que a percepção tenha mudado certamente foi o maior foco dos estabelecimentos na tele-entrega. Além de poder desfrutar de seu xis em casa, o consumidor também evita episódios de falta de segurança, mesmo os que ocorram em seu bairro. Um terceiro ponto, ligado ao segundo, é a associação do senso comum do xis a locais de encontro de culturas marginalizadas e/ou criminosas. Dessa forma, os locais que vendem xis e são idôneos acabam sendo penalizado pelas suspeitas atividades de uma minoria.

Reclamações e reconhecimento
Segundo o criador do PLM 15/2015, vereador César Augusto (PRB), não imaginava-se tamanha repercussão com o projeto. “A gente imaginou a princípio que era algo natural, já que o xis é uma tradição local. Nós todos aqui no gabinete comemos xis, gostamos de xis, e imaginávamos que especialmente os canoenses de mais idade reconheceriam”.
Nas redes sociais, entretanto, ocorreram críticas ao projeto – muitas delas atacavam diretamente à atuação do parlamentar, ao não ir diretamente a pontos como segurança, educação e saúde. “Felizmente, estes são uma minoria. E para aqueles que conseguimos falar, aproveitamos para mostrar os mais de 15 projetos já aprovados aqui desde 2009, e que também falam dessas áreas”, argumentou o vereador.
Além disso tudo, a polêmica serviu para César Augusto obviamente chamar a atenção para sua atuação pública num cenário político conturbado como é o Brasil de 2015. Segundo o gabinete do vereador, com a discussão acerca do projeto, muitos cidadãos e estabelecimentos têm procurado sua equipe parar tirarem dúvidas e darem sugestões ao texto, que deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa já na próxima semana.

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.

O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.

Podem solicitar o benefício as famílias que:

  • Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
  • Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
  • Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
  • Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.

Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,

“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.

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Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.

Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.

O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.

As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.

O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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