Comunidade
Canoas é ou não a Cidade do Xis?
Tramita atualmente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores canoense o Projeto de Lei Municipal 15/2015, que institui Canoas como a Capital do Xis, propondo a adoção do sanduíche como parte do calendário cultural e gastronômico da cidade, além de apontar o dia 28 de maio como o Dia do Xis.
Mais que uma letra por extenso, o xis é provavelmente o lanche mais típico da cultura gaúcha. Como comida, talvez perca somente para iguarias como o chimarrão e o churrasco em popularidade dentro e fora do Estado. Canoas agora pode ser a Cidade do Xis?
Segundo Luciano Gradaschi, de 58 anos, proprietário do Taberna do Gato, tradicional ponto de venda no Centro, é possível dizer que já houve sim um protagonismo maior do xis na cena gastronômica da cidade. “A ideia é boa. Tudo o que for para atrair mais pessoas de dentro e fora da cidade para o xis ajuda sempre. Só não sei se hoje cabe tanto, agora que tem bastante restaurante e pizzaria por aí”, relatou.
Para Margarete Moreira Lisboa, também de 58 anos, e dona do Xis Gostosão, no bairro Harmonia, o título de Cidade do Xis também é um sinal de que todos terão que fazer a sua parte. “Todos mundo precisa se puxar. Claro que isso dentro das condições de cada um. Mas a comida de um vai falar pela comida dos outros sim”, afirmou.
Dados apontam prevalência
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, existem cerca de 450 estabelecimentos cadastrados. Dado o universo de 320 mil habitantes de Canoas (dados do IBGE de 2010), estamos falando de um estabelecimento que serve xis para cada 700 moradores canoenses. Enquanto isso, churrascarias, restaurantes de buffet, japoneses e italianos somam, todos, aproximadamente 200 locais registrados regularmente.
O que ocorreu nas últimas duas décadas pode ser uma soma de fatores. Um deles é o esvaziamento dos estabelecimentos próximos ao Centro como os principais fornecedores de xis da cidade. esse movimento teria, então, migrado para outros bairros e segmentado-se em estabelecimentos com menos movimento, ao contrário do que ocorria na década de 1990, por exemplo.
O segundo fator determinante para que a percepção tenha mudado certamente foi o maior foco dos estabelecimentos na tele-entrega. Além de poder desfrutar de seu xis em casa, o consumidor também evita episódios de falta de segurança, mesmo os que ocorram em seu bairro. Um terceiro ponto, ligado ao segundo, é a associação do senso comum do xis a locais de encontro de culturas marginalizadas e/ou criminosas. Dessa forma, os locais que vendem xis e são idôneos acabam sendo penalizado pelas suspeitas atividades de uma minoria.
Reclamações e reconhecimento
Segundo o criador do PLM 15/2015, vereador César Augusto (PRB), não imaginava-se tamanha repercussão com o projeto. “A gente imaginou a princípio que era algo natural, já que o xis é uma tradição local. Nós todos aqui no gabinete comemos xis, gostamos de xis, e imaginávamos que especialmente os canoenses de mais idade reconheceriam”.
Nas redes sociais, entretanto, ocorreram críticas ao projeto – muitas delas atacavam diretamente à atuação do parlamentar, ao não ir diretamente a pontos como segurança, educação e saúde. “Felizmente, estes são uma minoria. E para aqueles que conseguimos falar, aproveitamos para mostrar os mais de 15 projetos já aprovados aqui desde 2009, e que também falam dessas áreas”, argumentou o vereador.
Além disso tudo, a polêmica serviu para César Augusto obviamente chamar a atenção para sua atuação pública num cenário político conturbado como é o Brasil de 2015. Segundo o gabinete do vereador, com a discussão acerca do projeto, muitos cidadãos e estabelecimentos têm procurado sua equipe parar tirarem dúvidas e darem sugestões ao texto, que deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa já na próxima semana.
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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