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Vereador Juares Hoy sai da base do governo e se lança candidato a prefeito
Durante esta semana, o vereador Juares Hoy divulgou nota e se auto declarou candidato ao Executivo municipal pelo seu partido, o PDT.
Bruno Lara
Durante esta semana, o vereador Juares Hoy divulgou nota e se auto declarou candidato ao Executivo municipal pelo seu partido, o PDT. O presidente municipal da sigla, Lademir Silveira, manifestou-se no dia seguinte sobre a nota do vereador afirmando que o PDT continua na base governista e que já há entendimento do diretório de seguir na aliança. Lademir afirma que a aliança só será tratada em setembro, após escolha da executiva, que ocorrerá no dia 13 de junho.
Os vereadores Dario da Silveira e Walmor Solano Herrmann, ambos também do PDT, aproveitaram o espaço destinado às Comunicações de Liderança para comentar entrevista concedida pelo colega do bancada, Juares Hoy, em que afirmava ser candidato a prefeito de Canoas nas próximas eleições. Dario ressaltou que o posicionamento representava a opinião pessoal de Hoy, não o posicionamento oficial do partido. Disse que não houve qualquer decisão nesse sentido e reforçou que o PDT segue na base do governo do prefeito Jairo Jorge (PT). Dr. Walmor enfatizou que sua posição era de coerência e de fidelidade ao partido. Ambos afirmaram que seus nomes também estão à disposição do PDT para concorrer a prefeito. Após as declarações dos colegas de bancada, Juares Hoy defendeu a alternância do poder e o lançamento de candidatura própria do partido no município.
O foco é a segurança pública
Em entrevista, Juares informou que colocou seu nome à disposição por entender que chegou a hora do PDT. “Há um anseio da sociedade que o PDT lance o seu candidato. É o momento do PDT ter candidatura. O último candidato foi o Lagranha. Acho que agora chegou o momento depois de mais de 20 anos sem candidatura própria”, conclui o parlamentar informando que o seu é o único nome disponível. “Convicção minha, como cidadão, que os demais que colocaram seu nome à disposição, na hora, não se lançam”, salienta.
Hoy, em entrevista por telefone, afirmou que sua plataforma para a prefeitura é voltada para a segurança pública. “O município tem que olhar de forma muito mais forte para a segurança pública. Assim como a saúde caminhou para o sistema único no município, a segurança é a mesma coisa. O estado da primeira e da segunda DP (Delegacia de Polícia) não tem as mínimas condições. A cidade que arrecada o que arrecada tem que olhar mais para a segurança púbica”, conclui. O parlamentar afirmou que não votará mais com o partido, mas sim, com suas próprias convicções.
Banrisul Cartões
O presidente Paulo Ritter (PT) assinou, na terça-feira, 19, contrato com o Banrisul Cartões SA, empresa que ficará responsável pelo fornecimento do Cartão Alimentação aos servidores e estagiários da Câmara. O valor do auxílio foi fixado em R$ 616 mensais para servidores e R$ 308 para estagiários. A cesta básica mensal continuará sendo distribuída para os inativos e pensionistas.
Durante a sessão ordinária no mesmo dia, o vereador Juares Hoy aprovou moção de apoio à convocação imediata e nomeação dos 661 candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil, realizado em 2013, e a realização de novos concursos para preenchimento das vagas na área da Segurança Pública.
Também adiantou que votará contrário ao projeto que trata do financiamento do Banrisul para o pagamento do 13º salário do funcionalismo. Segundo ele, a necessidade de adotar essa medida por parte do município não ficou clara. Sobre a manifestação de Juares Hoy contrária ao projeto do Executivo que trata do empréstimo ao Banrisul, o líder do governo na Câmara, Ivo Fiorotti (PT), declarou que o Prefeito tem tomado medidas responsáveis na administração das finanças do município. “Trata-se de um problema pontual que precisa ser resolvido”, argumentou.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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