Destaques
Prefeitura anuncia medidas para conter a crise nos hospitais
A situação não é nada boa. Quem afirma isso é a própria Prefeitura de Canoas, citando um “quadro de colapso no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG)”. A responsabilidade de cuidar das melhorias está agora nas mãos do novo presidente da Associação Beneficente de Canoas (ABC), Luiz Antonio Possebon. Já no HU, a promessa é de realizar uma auditoria contemplando desde o primeiro dia do contrato com o Gamp (Grupo de Apoio e Prevenção à Medicina).
HNSG
“Vamos trabalhar para manter o Graças de portas abertas”, diz o novo presidente da ABC, mantenedora do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Luiz Antonio Possebon, que assumiu o mandato na tarde de quarta-feira, 15. Segundo Possebon, caso não sejam feitas mudanças na administração do HNSG, o passivo (dívida) pode chegar a R$ 120 milhões. “Já fechamos uma vez (1998) e acredito que, se fechar novamente, seria definitivo”, avalia o novo presidente. O prefeito Luiz Carlos Busato (PTB), também destaca a necessidade de mudanças nos rumos da administração do hospital. “Apenas como exemplo, pagamos cerca de R$ 880 mil por serviços não executados na integralidade. Não vamos concordar mais com esse tipo de procedimento. Daqui para frente, pagaremos apenas o que for comprovado. O recurso público precisa ser bem cuidado”, afirmou. Na terça-feira, 14, a Prefeitura de Canoas avalizou um empréstimo do HNSG junto ao Banrisul, na ordem de R$ 3,9 milhões, para a quitação da folha. A decisão, segundo Busato, deu-se em razão da mudança gerencial na ABC. “Apesar de no primeiro momento parecer contraditório, demos o aval para garantir a continuidade do serviço”, acrescentou. Uma consultoria será contratada para auditar o passivo do Hospital Nossa Senhora das Graças, atualmente em cerca de R$ 100 milhões. “Queremos saber quem são os credores, como a dívida chegou a este tamanho. Vamos revisar os contratos dos últimos dois anos pelo menos”, disse Busato.
Novo superintendente
O secretário-adjunto de Saúde de Canoas, Rinaldo Simões, foi escolhido como novo superintendente do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Ele substitui Regis Marinho, que deixou o cargo na semana passada. A posse de Rinaldo aconteceu nesta quinta-feira, 16. O anúncio de Rinaldo como superintendente ocorre um dia depois da confirmação de Luiz Antônio Possebon como presidente da ABC.
HU
A Prefeitura de Canoas promoveu, na manhã de sexta-feira, 10, um encontro com funcionários do Hospital Universitário (HU). Na ocasião, foi informado que o repasse de recursos para o pagamento dos salários dos funcionários da Gamp foi concluído na sexta-feira, 10, com um depósito de R$ 1,8 milhão, valor que não foi transferido antes devido a problemas de documentação. O Executivo vai contratar uma consultoria para a realização de uma auditoria no HU, contemplando desde o primeiro dia do contrato com a Grupo de Apoio e Prevenção à Medicina (Gamp), no dia 1º de dezembro.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
Destaques
Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
Destaques
DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
- Coluna3 dias atrás
ECONOMIA: ‘Caminhos para a Inclusão e o Empoderamento’ (por Cristiane Souza)
- Coluna1 semana atrás
PSICOLOGIA: Tenho esquizofrenia, e agora? (por Marianna Rodrigues)
- Eleições 20241 semana atrás
Airton Souza se manifesta sobre decisão do STJ que mantém condenação
- Empresas & Negócios1 semana atrás
Grupo Passarela segue firme em seu plano de expansão e inaugura mais uma loja no Rio Grande do Sul
- Empresas & Negócios1 semana atrás
Confirmada a instalação de uma unidade das lojas Havan em Canoas
- Artigo2 dias atrás
‘400 DIAS, O FIM DO MITO’ (por Carlos Marum – Ex-Ministro de Estado)
- Emprego1 semana atrás
Feirão de Emprego em Canoas oferta vagas na empresa JBS
- Policial1 semana atrás
Polícia Civil deflagra 3ª fase da Operação Capa Dura