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21/11/2024
 

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Ex-assessor de Jancke reafirma que progressistas sabiam do repasse

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Franklin Silva de Vargas, publicitário, é um dos denunciantes do vereador Celso Jancke (PP), que atualmente enfrenta comissão processante por ser acusado do crime de concussão. Franklin concedeu entrevista exclusiva a O Timoneiro na última quarta-feira, 10. O próprio procurou a reportagem para esclarecer informações de matéria divulgada na edição passada, intitulada “Eles sabiam de tudo: Vice-prefeita e cúpula do partido progressista sabiam de tudo, garantem acusadores de Jancke”.
Franklin afirma, enfaticamente, que o vereador Airton Souza, vice-presidente do Partido Progressista (PP), faltou com a verdade ao alegar que não foi procurado por ninguém sobre as práticas que aconteciam no gabinete. “Ele sabe de tudo que acontecia no gabinete. Era o espelho do Celso. Tinha pleno conhecimento de tudo e eu falava para ele. Quando sai do gabinete fui, por duas vezes, conversar com ele. Falei, expliquei e ele disse que não tinha como fazer nada”, disse o acusador.
Como foi o contato
No dia 16 de setembro, Franklin encaminhou um e-mail ao legislador onde relatava, em detalhes, a operação. “A cúpula sabia. Citei no e-mail: Não quero falar com o senhor como vereador, como companheiro. Quero falar e quero uma atitude como vice-presidente do Partido Progressista. Citei isso no email”, afirma. O mesmo foi ignorado. “A assessora me falou que imprimiu e deu pra ele. Então sei que recebeu. Sei que leu, mas ignorou assim como a Vice-prefeita”, salientou. “Ela sabia de tudo. Toda a cúpula do PP sabia de tudo”, conclui.
No início de setembro de 2013, diz ter falado com Francisco Biazus, atual presidente municipal da sigla. Relata que conseguiu uma reunião com Biazus enquanto o mesmo trabalhava no armazém geral do banco do estado do Rio Grando do Sul, Banrisul (BAGERGS), onde Francisco ocupava o cargo de presidente. “Falei com ele durante uma hora e ele disse que não ia se meter. Não iria se envolver”, comentou.
Em agosto do ano eleitoral, Inês Urbano ligou para o chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos, que disputava o governo do Estado, e relatou o ocorrido. De imediato, o presidente do PP estadual lhes recebeu em sua sede. “Ficamos mais de horas conversando com o presidente do PP, Celso Bernardi. Só conseguimos falar com eles depois que o caso explodiu na televisão.”, conclui.

A campanha de Jancke
Segundo ele, sua contratação para coordenar a campanha de Jancke se deu em uma reunião marcada no gabinete da vice-prefeita, Beth Colombo, dentro da Prefeitura. “Nós passamos uma manhã. Fui convidado a vir para o PP pela vice-prefeita e pelo Celso”, confirma.
Apenas quatro pessoas participaram ativamente da disputa eleitoral. “Eu, Marcos Pehl, Anete (Teixeira) e Claudio Saldanha. Os quatro que trabalharam na campanha e estariam, em principio, trabalhando no gabinete. Nenhum nunca tinha trabalhado com política no gabinete. Inclusive o chefe de gabinete sem nenhuma experiência. Era músico”. Complementou.

Os Saldanhas
Paulo Saldanha, que negou tudo na comissão processante, continua funcionário do Celso. Após a eleição, o parlamentar resolveu que Franklin não iria ao gabinete, vislumbrando as possibilidades que poderiam vir a acontecer. “Então começou a chamar pessoas sem experiência”. Vargas foi para o Executivo, onde permaneceu por seis meses.
Em 12 de junho, portanto, foi para o gabinete do progressista, pois ninguém lá sabia a função a ser desempenhada, fora o atrito com Inês Urbano, motivo que motivou a vinda de Franklin “para dar uma estruturada” e a saída de Inês para a Prefeitura. Segundo ele, cada um tinha o seu acordo. “Eu repassava direto para ele. O Saldanha (Claudio) ia lá todo dia de pagamento e pegava dos outros”.

Quadro da dor
“Quando eu cheguei lá comecei a ver o quadro da dor. Comecei a ver coisas que não estava acreditando. Eram financiamentos. Obrigando a repassar. Me obrigando. “Não, não. É isso. Tu tem que passar. Tu ganhava menos na Prefeitura”, dizia o vereador para Franklin que confirmou também repassar valores. “Nos quatro meses que fiquei lá eu repassava. Era obrigado. Depois a situação ficou insustentável. Cada um tinha um acordo. Geralmente diferente de cada um”, relata.
Após delatar o fato, o publicitário enfrenta problema na vida profissional. “Dois anos desempregado. É complicado. Todos que estão envolvidos”. Em entrevista anterior, no dia da processante, ele atribuiu o fato de delatar a vontade por uma “nova política”.

O que dizem os progressistas
Procurados após a delação na Comissão Processante, os citados na matéria negaram as informações de Franklin. Por telefone, o presidente municipal do Partido Progressista, Francisco Biazus, afirmou não saber de nada. “Eu sei o que saiu na imprensa”, salientou. Francisco alega não saber nada antes de o caso ser veiculado na imprensa. “Sei tanto quanto as outras pessoas que acompanharam”, conclui.
O vereador Airton Souza afirmou que não foi procurado por ninguém sobre as práticas que aconteciam no gabinete e desconhece se as mesmas aconteciam de fato. “Eu não sabia. Não sei nem se existia a prática realmente. Nunca ninguém me procurou”, afirma.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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