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22/11/2024
 

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Opinião: Roger Bitencourt e o 2016 que faremos

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em

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por Vanderlei Dutra

Estava pensando no assunto do artigo desta segunda-feira, quando recebi a confirmação da morte do jornalista Roger Bitencourt, atropelado por um motorista embriagado em Florianópolis enquanto pedalava, seu esporte favorito. Muitos canoenses conhecem seu irmão, o jornalista e empresário Alexandre Bitencourt, um dos administradores das Óticas Vênus, genro do proprietário Denério Neumann e casado com a Ellen, pai das gêmeas Fernanda e Júlia.
Não conheci pessoalmente o Roger, mas convivi mais diretamente durante muitos anos com o Alexandre, principalmente em atividades profissionais. Durante estes anos, muitas vezes ouvi ele falar do seu irmão, contar histórias dos dois juntos. Muitas vezes presenciei os dois falando ao telefone. Por tudo isso, o texto onde Alexandre fala do irmão, reproduzido abaixo, me tocou forte. Me imaginei no seu lugar e senti sua dor.
Mas, o que tem a ver a morte do Roger com o assunto que eu planejava para a coluna de hoje? É que eu pensava na qualidade dos (des)governos que temos hoje, em todos os níveis: municipal, estadual e federal. Em uma de suas últimas postagens no Facebook, Roger disse que “Independente do Governo ou Congresso, nós somos responsáveis pelo que vai ser 2016”. Exato.
Se dependermos somente dos governantes eleitos, na maioria políticos carreiristas que só pensam justamente nas suas carreiras, devemos realmente nos preocupar. Já demos responsabilidades e prioridades demais a eles quando os elegemos. Precisamos fazer a nossa parte.
Tudo isto soa muito clichê, mas felizmente temos o exemplo do jornalista Roger que era, como descreveu Alexandre, político e líder nato. Ele nos ensina que para fazer o bem, na política, na família ou no empresariado, não precisamos de voto, mas de devotamento. Devemos fazer bem – e pelo bem – tudo o que nos dispusermos.
Não podemos esperar que os céus e os governos nos dêem um bom ano novo, precisamos fazê-lo. E isso começa em casa, no trabalho, na rua, nas relações próximas e íntimas.
Não podemos apenas esperar que os governos instalem pardais, façam blitze e inibam o álcool ao volante. Precisamos dar o exemplo aos nossos filhos de que isto não deve nunca ser feito e deixar de enfatizar que se naquela noite não vamos beber é porque podemos ser pegos na Lei Seca. Devemos mostrar que não se deve misturar álcool e volante, independente da repressão policial, porque simplesmente não é o certo.
O ano novo, o mundo novo, será feito por cada um, diariamente, nas suas reformas individuais. Isto também compreende a cobrança dos governos, mas não só. Podemos fazer mais e melhor, e temos que nos empenhar para isso.
O ano de 2015 termina estranho, com as trincheiras políticas cheias de armas, os crimes aumentando, as notícias ruins saltando na tela do computador. Que possamos, realmente, dar uma virada nisto tudo e fazer um 2016 melhor.
Alexandre e família, recebam os sentimentos e admiração de todos os amigos da redação de O Timoneiro.

 

 

 

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“Que linhas tortas são essas meu Deus. Que dor é essa que aparece nesta reta da SC-401. Numa ciclovia, um bêbado que arranca parte da gente.
Ele era o cara, não o da Pedra da Joaquina, o próprio ia brincar respondendo assim. Mas meu irmão era o cara de verdade. Um político nato, sem jamais ter mandato, nunca precisou, pois sua arte era articular para o bem. Político, pois circulava por todos os meios e espaços que a sociedade tem. Tinha o dom da articulação. Um mestre, sim, um mestre. Pouco que se convivia com ele, muito já se aprendia.
Não havia como não aprender com ele. Estava sempre à frente. Jogo de perguntas de conhecimento, com o Róger não, ele acertava sempre tudo.
Juro q pensei que ele havia sido abdusido. Nunca, jamais conheci, alguém com tamanha dedicação nas coisas que ia fazer. Para o Róger não tinha amistoso. Entrar em campo para ele era ser o melhor, em tudo.
Um gaúcho que adotou Santa Catarina. Se dizia manezinho com orgulho. E os catarinenses sentiram isso. Róger era verdadeiro, fantástica qualidade. Deram a ele o merecido título de cidadão Florianopolitano!
Linhas tortas essa meu Deus.
Infelizmente Floripa perdeu sua Magia.
O porto seguro dos amigos, de qualquer lugar desse Brasil que chegassem a ilha, foi arrancado, atropelado e destruído. O homem de ferro foi atingido pelas costas, de forma covarde, sem poder se defender. Sim, um bêbado, um drogado, roubou a magia da ilha! Como chegar no Hercílio Luz e saber que um dos filhos mais ilustres da cidade já não está mais ali! Não sei, não sei.
O jornalista que aportou na cidade, fez carreira, história, sucesso e sobretudo milhares de amigos. Sim, foram 49 anos de vida intensa. A ilha que o acolheu, o levou. Mas oportunizou construir seus sonhos.
O trainee da RBS virou gente grande. Repórter, editor, chefe. Sua dedicação sempre o alçava aos patamares mais altos. Foi assim também na RBS TV.
Mas adorava política. E sempre com sonho de construir, fazer uma Santa Catarina melhor, mais próspera, trabalhou para uma candidatura vencedora ao Governo do Estado. Exitosa. Quem passa por Santa Catarina nem sonha o quanto foi feito naquele período de 94 a 98. Muito, mais do que você acaba de pensar.
Mas ele não parava. Sempre intenso. Abriu a Fábrica de Comunicação. Uma das mais respeitadas Assessoria de Comunicação do Brasil. Hoje inclusive com escritório em Milão, na Itália.
Neste caminho encontrou sua cara metade, sua companheira, amante, amor Karin Verzbickas. Junto recebeu filhos maravilhosos o Guto e a Fe. Mais tarde chegaria a pequena Sofia. Cara do pai, cabelo da mãe.
A casa, em Jurerê, foi feita para receber amigos. Sim, atrás do líder, do cara decidido e de pulso firme, tinha uma pessoa que só pensava nos amigos. Amigos para ele eram sagrados. São muitos, muitos mesmo.
Recentemente se encontrou no esporte e boom, entrou de cabeça. Começou a fazer corrida de rua e adivinhem: virou o melhor. Não sei precisar quantos pódius vieram, mas vieram mais e mais amigos.
Quando uma pessoa vem ao mundo para fazer o bem, ela é assim, cheia de amigos. Ele era.
Apesar do temperamento forte, agressividade ele não admitia. Era a razão. Confesso que ele sempre me tirava dos rolos. Eu já preparava o ataque, ele resolvia de forma política. Um comunicador nato.
Viveu intensamente sim. Conheceu o mundo, viajou e viajou. Era também uma virtude. Jamais precisei fazer roteiros de viagem com ele, sempre ia nos melhores locais, e quando digo sempre, sempre mesmo.
Mas essas linhas tortas de nossa história, não sei, não sei.
Acho que Deus o quis antes para novos roteiros no Paraíso. Vai chegar lá mandando, o Céu já está melhor, “o cara” chegou.
A dor é intensa. Coração arrebentado, arrancado.
Meu Deus irmão, me diz o que fazer. Eu sei que tu sabe.
A luz te espera. Ela vai brilhar forte ao te ver e para a luz as linhas são retas. Segue teu caminho!
Tu fez história, deixou o legado do bem, da dedicação ao trabalho como caminho para realizar os sonhos!
Todos os teus amigos vieram hoje meu irmão. Do Consulado do Inter, do Palácio, de toda, toda a Imprensa catarinense e muitos de fora, do governo, da oposição, da Fábrica, ex-alunos, ex-colaboradores, das assessorias de corrida, do futebol, das entidades de caridade q tu ajudava, da prefeitura, dos clubes, dos comitês, dos bairros q tu morou, e simplesmente quem te conheceu.
Acho que nem tu sabia a dimensão das pessoas que te queriam bem! Muita Geeennte. E quem não veio, mandou mensagem. Olha, já temos votos para vereador!
Saudades eternas.
Segue teu caminho Iluminado.
Go Róger Bitencourt, go 🏃🏻🏃🏻
TE AMO, TE AMAMOS!
Alexandre Bitencourt”

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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em

DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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