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16/09/2025
 

Geral

Feirinha Colabora Bunker, uma feira de ideias e sonhos

Redação

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“A leitura deve ser para todos, quero que tenha mais crianças lendo e mais pais que incentivando filhos” 

A canoense Samantha tem 34 anos, é moradora do bairro Fátima, estudante do último semestre de pedagogia, em estágio de inclusão, e, durante a pandemia, no condomínio onde mora, faz faxina para se manter, comercializa livros, além de fazer pão para vender. Como incentivadores, tem a filha Antonia, de nove anos, e o marido.

A paixão por livros

No começo da pandemia, Samantha começou a vender livros em casa, “eu gosto muito de livros, trabalhei em uma livraria, e queria continuar a vender. Consegui uma distribuidora, só que vendi pouco perto do que eu tinha. Vi que livros infantis as pessoas gostam de ver, de pegar, mas que são de pouca venda”. Assim, começou este ano com muitos livros, sem vender, e como estava tudo quase se normalizando em relação à pandemia, resolveu ampliar os negócios. “Uma feira não é de uma pessoa só, então resolvi engajar outras pessoas para venderem”, conta.

O Bunker

“Imaginei uma feira e que poderia ser no estacionamento do lado do Bunker”

O Bunker é um estabelecimento conceituado, rústico e que vende de açaí a chopes e lanches etc. O local tinha bastante espaço, e Samantha pensou que teria lugar para o que queria. “Pensei em fazer uma feira lá, que tem quatro ou cinco condomínios próximos, que seria legal, e quando vi que dava para fazer, falei como o pessoal do Bunker e eles estavam se mudando, mas gostaram da iniciativa. Expliquei a eles que a ideia era fazer a feira para arrecadar alimento e roupas para quem precisava, pois conhecia pessoas que faziam algum tipo de ação de doações e poderia chamá-las para ajudarem e que a feira seria um lugar que poderia ajudar a fazer isso”.

O início

Quando o Bunker se mudou de fato para outro terreno, Samantha retornou e, sem qualquer parceria, novamente expôs sua ideia da realização da feira. “Depois que eles se mudaram para aquela esquina, eu fui atrás para saber da possibilidade de realizar o evento ali, que de certa forma chamaria também público para eles”.

A Feirinha Colabora Bunker acontece hoje na Rua Joaquim Caetano, o terreno fica na esquina da Rua Buttembender, e o empreendimento fica ao lado do condomínio.

Mãos à obra

“Logo fui atrás de pessoas e conheci algumas que vendiam algo e a ideia era chamar elas para vender suas coisas na feira, mas não sabia que dia seria, se no sábado ou domingo. Então o Bunker fez uma festa julina de inauguração do novo espaço e teve um dia todo de almoço e festa, e foi neste dia a primeira feira. As pessoas compraram minha ideia, porque foi assim, um convite com bastante empolgação, então tinha umas 10 ou 12 pessoas expondo, incluindo eu, que só vendo livros”.

Oportunidade

A feira surgiu como oportunidade para maior número de vendas dos seus livros. “E aí conversando com outras pessoas aqui do meu condomínio, conheci várias que também vendiam outras coisas. E eu achei muita dificuldade de vender pela internet, talvez seja porque não prestem muita atenção ou pelo jeito de eu divulgar”.

Foi com a falta de sucesso com as vendas pela internet que surgiu a ideia da feira. “Fiz um grupo de whats com quem estava expondo. Começou com poucas pessoas e hoje estamos com 50 ou mais”. E ao longo do tempo, muita gente foi pedindo para participar. A primeira e a segunda edições da Feirinha foram em sábados e não obtiveram movimento. Logo a ideia era testar nos domingos, aproveitando o movimento do Bunker, pois se tratava de um bar e de um dia mais agitado nas ruas.

“A ideia principal era chamar os vizinhos, quem eu conhecesse, os mais próximos. Na segunda edição, veio muita gente daqui e também muitas pessoas de outros bairros, Rio Branco, Niterói, Mathias. Do brick da Inconfidência veio muita gente e então, para ter lugar para todos, fiz um mapeamento do terreno, pois sou a organizadora do evento. A feira é um pouco sobre mim, mas muito sobre as pessoas se ajudarem. Queria que desse certo para nos ajudarmos, assim como o pessoal do Bunker está ajudando ao ceder o local para nós, então quero o sucesso para todos. Tenho muitas ideias para seguir com a Feirinha, que era para ser uma vez por mês, e com muita gente se interessando, e como o grupo cresceu, então estamos pensando em realizar todos os domingos”.

Outros projetos

“Quero fazer outras ações, consegui contato com uma pessoa que tem um projeto que faz comida para pessoas em situação de rua, então quero ver a possibilidade de essas pessoas que participarem da feira como expositores doarem um quilo de alimento para ajudar também essas outras.

Livros

“Eu estava na internet e vi um anúncio de um canal chamado Caixa Literária. Eles estavam chamando os embaixadores literários (eles são do interior do Estado). E com a pandemia, antes eles vendiam os livros para as escolas. Eles estavam chamando pessoas para venderem os livros com eles, então ganhamos um lucro. Mas fui muito mais pela paixão pelos livros do que pelo ganho, porque não se ganha tão bem assim para isso. Então os livros são desta distribuidora, de várias editoras. Mas procurei também, além de vender livros deles, ir atrás de outras livrarias que achei na internet, que tinham livros muito baratos, com margem melhor para eu vender, diferenciados, de pintar, de atividades, e comprei deles também”.

Novas ideias

Para melhorar as vendas (quando tiver dinheiro), Samantha quer fazer bonecas de panos, que dê para pintar, e que terão formas de bichinhos que poderão ser lavados. “Então eu mesma farei, costurar, montar um kit e vender junto o livro (de uma fazendinha, por exemplo) com as canetinhas, para a criança poder curtir a história e pintar também.

A Feirinha

Foto: Divulgação

“A feira conta minha história, pois ela está por trás da minha paixão. Porém não quero ser protagonista em relação a esse projeto. Quero que a feira seja uma integração entre os expositores, as pessoas que vão a ela”, finaliza Samantha.

A feira conta com pinturas, pessoas que revendem produtos naturais, velas, sabonetes, temperos, bolos, costuras, artesanatos diversos, uma diversidade imensa de produtos que valem a pena serem visitados.

A próxima Feirinha vai ser no domingo, 29 de agosto, e a partir de setembro aos sábados e domingos, das 15h às 19h. Vale a pena conferir (a feira e a Samantha)!

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OAB Canoas volta a realizar jantar-baile da advocacia depois de mais uma década

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OAB Canoas volta a realizar jantar-baile da advocacia depois de mais uma década

A OAB Subseção Canoas retoma, passados mais de dez anos, uma das mais tradicionais celebrações da advocacia local: o Jantar-Baile da Advocacia. O evento será realizado no dia 16 de outubro de 2025, com início às 19h30min, no Salão Blue Moon, reunindo colegas, familiares e convidados em uma noite de confraternização e celebração.

A ocasião terá um significado ainda mais especial, pois marcará também a comemoração dos 45 anos de instalação da Subseção Canoas, ocorrida em 14 de outubro de 1980. Trata-se, portanto, de um momento que une história e tradição, resgatando a memória da advocacia local e reafirmando a força da classe na região de Canoas e Nova Santa Rita.

A retomada do jantar-baile é mais uma iniciativa da atual gestão no sentido de promover uma agenda social mais intensa e integrativa, reforçando a união da advocacia e aproximando ainda mais a instituição de seus membros. Mais do que uma festividade, o reencontro simboliza o espírito de coletividade que sempre pautou a atuação da OAB Canoas ao longo de sua trajetória.

O evento promete ser um marco para todos os advogados e advogadas que diariamente dignificam a profissão, honrando a história da Subseção e projetando o futuro da advocacia em nossa comunidade.

Os convites, que são limitados, estão à venda na plataforma Sympla, em www.sympla.com.br e para localizá-los, basta procurar por “OAB Canoas” no site.

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Governo divulga lista de 477 novos contemplados no Programa CNH Social

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Governo divulga lista de 477 novos contemplados no Programa CNH Social

Foi publicada nesta segunda-feira, 15, no Diário Oficial do Estado (DOE) a lista de contemplados na segunda chamada do programa gaúcho da CNH Social, programa social mantido pelo governo Eduardo Leite. Ao todo, são 477 pessoas, que têm até o próximo dia 30 de outubro para abrir seus processos de habilitação em um Centro de Formação de Condutores (CFC) do Estado.

A segunda chamada ocorre, conforme cronograma, para preencher as vagas remanescentes, até o total de 3 mil, número de vagas da edição 2025 da iniciativa.

Dúvidas e mais informações 

Para mais informações, os candidatos podem contatar o DetranRS pelos canais de atendimento:

  • Disque-Detran (0800-905-5555);
  • WhatsApp (800-905-5555);
  • chat on-line no site;
  • Fale Conosco e Ouvidoria no site;
  • atendimentos presenciais em unidades do TudoFácil.

Os Centros de Formação de Condutores credenciados também estão aptos a prestar informações e esclarecer dúvidas.

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23% das crianças e adolescentes dizem ter sofrido violência sexual na internet

Redação

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23% das crianças e adolescentes dizem ter sofrido violência sexual na internet

O Governo do Brasil apresentou o resumo executivo da etapa de pesquisa do projeto Diagnóstico da Violência Sexual Online – Crianças e Adolescentes. Produzido em parceria do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania com a Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o estudo revela que 23% das crianças e adolescentes entrevistados sofreram algum tipo de violência sexual online, entre 2022 e 2023.

O Diagnóstico registra ainda que 76% das crianças e adolescentes que são vitimizadas com esse tipo de violência são meninas. A ampla maioria dos predadores, 87%, ainda segundo o estudo, é composta por homens.

A proporção de crianças e adolescentes que afirmam ter sofrido algum tipo de ataque sexual na internet pode ser menor que o que de fato ocorre. Essa hipótese é reforçada por outro dado trazido pelo diagnóstico: 65% dos participantes de pesquisa internacional afirmam que, quando eram menores de idade e conversaram com adultos desconhecidos, experimentaram solicitação sexual por parte desses últimos.

Isso faz supor que falar de tal experiência é mais fácil quando a vítima atingiu a idade adulta, daí a maior percentagem de casos relatados.

Outro sinal de que crianças e adolescentes podem ocultar eventos de agressão sexual na internet é que a maior parte das denúncias desse tipo de violação são realizadas por terceiros (93,9%).

Novas e melhores leis

O estudo não pretende apenas revelar o quadro das violências sexuais praticadas na internet, mas também propor ferramentas para o enfrentamento e um guia de boas práticas.

Uma das conclusões do estudo aponta o óbvio: é preciso construir e aprovar legalmente legislação que regulamente as plataformas digitais e o uso delas.

O relatório preconiza a necessidade de “visibilizar, no sistema jurídico brasileiro, a responsabilização para provedores de serviços de internet, plataformas e afins, incluindo sobre a obrigatoriedade de denúncias, detecção e exclusão de conteúdos”.

Outro dado do relatório aponta um conjunto de 16 iniciativas nacionais de âmbito federal correlacionadas à violência sexual online contra crianças e adolescentes. Por outro lado, segundo o documento, “nos 26 estados e DF, não foram identificadas iniciativas estruturadas e visibilizadas sobre o tema”.

Ainda segundo o Diagnóstico produzido pelo MDHC e a PNUD, “as principais dificuldades para o enfrentamento à problemática seriam a falta de regulação e monitoramento efetivo das plataformas digitais e conteúdos hospedados, as condições socioeconômicas da população, apontadas como fatores de risco à produção e compartilhamento de imagens abusivas e o déficit de letramento digital das famílias para acompanhamento de crianças e adolescentes e delas próprias para a sua autoproteção”.

A base de dados da pesquisa inclui, entre as fontes, relatório do Disque 100, coordenado pelo MDHC. Entre  2022 e 2023,o Disque 100 registrou 6.364 denúncias relacionadas a violência sexual online contra crianças e adolescentes.

A iniciativa do MDHC tem o objetivo de avaliar a atuação do Brasil no enfrentamento da violência sexual em ambientes digitais, envolvendo sociedade civil, União, estados, municípios e Distrito Federal. Outra prioridade é promover ações de engajamento e capacitação de organizações governamentais e não-governamentais nessa pauta.

O estudo busca contribuir para o fortalecimento de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à proteção integral de crianças e adolescentes na internet. O diagnóstico mostra que, apesar dos avanços no marco legal e nas ações de prevenção, o Brasil ainda enfrenta graves desafios para proteger esse público no ambiente digital. Segundo o documento, a violência sexual online apresenta características próprias que exigem novos marcos regulatórios, respostas tecnológicas e estratégias de acolhimento específicas.

Entre os avanços mapeados, o levantamento destaca o papel da sociedade civil na prevenção e mobilização social. Ressalta, ainda, que em todos os setores é necessária atuação mais colaborativa.

A análise identificou lacunas a partir de seis domínios:

  • Políticas públicas e governança : com foco em proteção, reparação e/ou intervenção frente à violência sexual online.
  • Justiça criminal : reúne experiências voltadas ao sistema de justiça, incluindo acolhimento de denúncias, investigações, responsabilização de autores e apoio às vítimas e suas famílias.
  • Priorização da vítima : com foco em ações centradas no cuidado e proteção de crianças e adolescentes vítimas, bem como de seus familiares.
  • Responsabilidade da sociedade : inclui experiências promovidas por organizações da sociedade civil que contribuem para o enfrentamento da violência sexual online.
  • Responsabilidade do mundo corporativo : práticas desenvolvidas por empresas e instituições do setor privado no âmbito da responsabilidade social empresarial.
  • Atuação da mídia e comunicação : estratégias midiáticas e comunicacionais comprometidas com a ética e os direitos da infância e adolescência.

Parcerias

O projeto é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e execução da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC).

A iniciativa integra o Projeto PNUD BRA/18/024 – “Fortalecimento da garantia do direito à vida e da redução da violência contra crianças e adolescentes no Brasil” e foi conduzido pelo Observatório da População Infantojuvenil em Contextos de Violência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (OBIJUV/UFRN).

A coordenadora-geral de Enfrentamento às Violências da SNDCA, Célia Nahas, explicou que o estudo não se limita a mapear a violência sexual, mas ajuda a ampliar o olhar para outras violações no ambiente digital. “É preciso compreender que a internet, além de espaço de oportunidades, também pode ser um território de riscos. Crianças e adolescentes enfrentam situações de exploração, aliciamento, trabalho infantil e até incentivo à automutilação”, avaliou.

Banco de Boas Práticas

Também foi apresentado o Banco de Boas Práticas, plataforma que reúne experiências bem-sucedidas no enfrentamento à violência sexual online, selecionadas com base em critérios como efetividade, impacto, inovação e alinhamento com tratados internacionais de direitos humanos. O objetivo é compartilhar conhecimentos e fortalecer ações para proteger crianças e adolescentes nesse contexto.

Iniciativa conjunta da SNDCA, do PNUD e do OBIJUV/UFRN, a agenda foi promovida em conjunto pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), pela Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (CIEVSCA) e pelo Comitê Interministerial de Proteção às Crianças e Adolescentes no Ambiente Digital.

Fonte: Agência Brasil

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